terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Aquiraz: Detentos escapam da cadeia

Seis detentos que estavam recolhidos na Cadeia Pública de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), conseguiram fugir, no começo da tarde de ontem, após cavar um buraco na parede da cela e pular o muro em direção à rua. No momento da fuga, a cadeia abrigava 50 presos, quando tem capacidade para apenas 15.

A fuga ocorreu três dias após um princípio de rebelião ter sido registrado naquela unidade prisional e outro buraco ter sido descoberto pelos agentes de segurança. Depois de vencer as paredes da cela e o muro da cadeia, os detentos, a maioria acusada de crimes como roubo e tráfico de drogas, escaparam pulando para os quintais de residências nos fundos do prédio.

Moradores
A ação só foi percebida pelos dois policiais militares que faziam a segurança do lado externo do prédio quando os moradores de residências vizinhas à Cadeia Pública perceberam a movimentação dos presos pelos quintais de suas casas.

No momento da fuga, não havia nenhum agente penitenciário no interior do presídio. Segundo a diretora, Maria das Graças de Castro, a segurança interna é realizada por apenas um agente, e na parte de fora, por dois policiais militares.

Ontem, o único funcionário da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) lotado ali não foi trabalhar, afirmando que havia ido ao médico. Por isso, a própria diretora teve que ficar de guarda no local. Aproveitando o período em que ela se ausentou para ir almoçar, os presos colocaram em prática o plano de fuga e tiveram êxito.

Até a noite de ontem, Renato Freitas de Oliveira, Diego Nogueira Isidoro, João Paulo Nogueira Isidoro, Deymisson Oliveira da Silva, Francisco Jonatan Maciel Ferreira e Francisco Marciano Santos da Conceição permaneciam foragidos. Marciano já havia fugido do mesmo local há menos de um mês e sido recapturado na última sexta-feira. Ontem escapou novamente.

Problema

A superlotação da unidade é um dos principais problemas enfrentados pela administração. Problema comum a maioria das 123 cadeias públicas espalhadas pelo Estado, assim como nas Casas de Privação Provisórias de Liberdade (CPPLs) e penitenciárias. Em recentes reportagens publicadas nos últimos dois meses, o jornal tem mostrado a situação caótica do Sistema Penal do Estado.

A superlotação cria um cenário de fugas, rebeliões e mortes, apesar da vigilância da Justiça, que determinou a interdição de diversas unidades prisionais, como ocorreu com o Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS) e também algumas cadeias públicas do Interior.

A Cadeia Pública de Aquiraz funciona de forma adaptada em uma casa e está situada em uma área residencial do Município, o que tem facilitado as fugas.

Fonte: Diário do Nordeste

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